Assim, o modelo da Willys entrou em produção, denominado MB - ou, como ficou mais conhecido, simplesmente 42. No esforço de guerra, a Ford fabricaria o projeto, praticamente idêntico, para que as peças fossem intercambiáveis. Esse levava o nome de GPW, "General Purpose Willys", o que levou muita gente a crer que foi daí que veio o nome Jeep, pois as iniciais GP em inglês soam como "ji-pi".
Quando os veículos chegaram ao front, tornaram-se um sucesso imediato entre as tropas. Mesmo após a Segunda Guerra, ele continuou combatendo ao lado dos soldados americanos por quase 50 anos. O Jeep e sua linhagem de descendentes só seriam tirados da ativa em 1985, com a chegada do Humvee, a versão militar do Hummer.
O Jeep não foi o primeiro 4x4 da história. Antes havia caminhões e outros veículos militares pesados com esse recurso - mas nenhum ágil e leve o bastante para ser sacado de um atoleiro "no braço" pelos soldados e que servisse como um rápido veículo de reconhecimento. Assim, a partir dos anos 30, o Exército americano começou a estudar as opções.
Em 1940, a American Bantam Car Co. recebeu a visita de militares para a vistoria de seu protótipo. Eles gostaram, mas não acreditavam que ela pudesse produzi-lo em grande número. Com pressa, o Exército enviou o projeto da Bantam a outros 135 possíveis fornecedores. Pediu melhorias e exigiu certas especificações. Deveria atingir 90 km/h, ter caixa de marchas com reduzida, 203 centímetros de entreeixos e 1 metro de altura com o pára-brisa baixado, além de carregar uma metralhadora calibre "ponto-30".
O Exército abriu uma concorrência para a compra de 16 000 veículos. Para participar, era necessário apresentar 1 500 unidades prontas para teste até julho de 1941. Só três fabricantes concorreram: Bantam, Willys e Ford. O Ford foi considerado o mais confortável e o Bantam, o de melhor suspensão e dirigibilidade, além de mais econômico. Mas quem venceu foi o Willys, pelo chassi mais robusto e motor mais potente (60 cv, contra 45 dos rivais), o que lhe dava desempenho superior, mesmo pesando cerca de 200 quilos a mais. Além disso, seu torque 25% mais alto garantia força extra na hora de rebocar carretas ou canhões.
Que bomba!
A prova de que o Jeep nasceu para a guerra estava no manual de uso militar, que dizia onde se devia colocar uma granada para inutilizá-lo, caso ele fosse abandonado.
Fonte: Revista 4 Rodas
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